Picasso viveu na Paris ocupada durante a segunda guerra mundial. Consta que um certo dia, um grupo de oficiais alemães, vendo uma imagem do quadro "Guernica" lhe perguntou: "Foi você quem fez isto?". Ao que, após um instante de pausa, Picasso respondeu: " Não, foram vocês!".
Uma das obras mais marcantes da pintura contemporânea é a Guernica de Picasso. Datada de 1937, é um exorcismo da dor das marcas da guerra. Prelúdio da enorme catástrofe que foi a segunda guerra mundial. Eco da funesta contenda que lacerou a sociedade civil Espanhola, abrindo uma enorme ferida.
Um espelho do lado negro da natureza humana, valiosíssima, conhecida no mundo inteiro, admirada e estudada como ícone do génio.
MENTE ATORMENTADA
Sabes que tens uma mente atormentada?!
Apenas uma mente atormentada pode emprenhar, para posteriormente dar à luz certo tipo de criações. Tormento é sémen de criação.
Quando se está em paz, os sentidos estão ocupados a desfrutar, recolhendo informação. É um facto. Quando estás de mãos dadas com os anjos, não consegues criar.
As obras são demónios que se debatem no teu interior, agitando-se violentamente, atirando-se contra as paredes da alma, na ânsia de sair. E por vezes conseguem - as criações.
Então e a "inspiração divina"? Não poderá ser fruto de uma mente tranquila? Em paz com o mundo e consigo própria? Não.
Então e a "inspiração divina"? Não poderá ser fruto de uma mente tranquila? Em paz com o mundo e consigo própria? Não.
O autor é um "auto-exorcista". Exibe aos outros os demónios que transpõe a fronteira da sua alma. A beleza da sua obra é proporcional à capacidade de retratar os tormentos que o assolam.
Muitos buscam inspiração nas obras de terceiros. Ao fazê-lo, abrem a porta à essência de belzebu presente na sua origem. Juntam mais um gato no saco. Depois de muita bulha, alguma coisa sairá cá para fora.
Muitos buscam inspiração nas obras de terceiros. Ao fazê-lo, abrem a porta à essência de belzebu presente na sua origem. Juntam mais um gato no saco. Depois de muita bulha, alguma coisa sairá cá para fora.
Passamos aos outros os nossos sonhos e pesadelos. Quão enfadonha seria a vida sem esta demoníaca promiscuidade!